terça-feira, 29 de novembro de 2011

Aniversário

Esses foram meus presentes de aniversário, o livro do meu irmão e o pingente de gato da minha cunhada. Na verdade, no fim de semana eu já estava pintando o cabelo de vermelho (mais vermelho), mas ainda não estava feliz. Mas ontem, 28 de novembro, mesmo tendo de ir pra escola fazer provas, mesmo sendo uma segunda-feira, eu fiquei feliz, muito feliz. Minhas amigas me abraçaram, riram de mim, riram comigo, meus amigos me mandaram os melhores desejos de aniversários possíveis, meus melhores amigos. Minha mãe comprou um bolo, às pressas, não gostei muito, mas mesmo assim eu ainda estava feliz.
Fui para a escola ouvindo essa música linda (The Reign) da Tarja Turunen, o que ajudou bastante a deixar meu dia feliz:
Mas ontem também recebi um e-mail que eu mesma havia me mandado há cinco meses, falando sobre 18 anos, cabelo e você-sabe-quem. Eu fiquei olhando aquele e-mail por um bom tempo até decidir deixar para pensar nele um outro dia. Mas hoje esse pensamento voltou quando minha mãe estava assistindo tv e passou alguma coisa, a qual eu não me lembro, mas a fez me perguntar: Para quem, alguém que você não vê há muito tempo, você daria um panetone?
Bem, eu não sou muito fã de panetone, mas quando eu ouvi "não vê há muito tempo", eu lembrei logo de você-sabe-quem.

terça-feira, 8 de novembro de 2011

Novembro deveria ser um mês bom

Outubro foi um mês que me fez lembrar de coisas que não queria. Ou será que queria?
Bem, como eu disse no post anterior, houve um sonho com você-sabe-quem (não é o Voldemort, queria que fosse mas não foi) e, como todos os meus sonhos, eu acordei na parte importante. Acordei, olhei para o relógio e vi horas iguais. Durante todo aquele dia eu vi horas iguais: 15:15, 17:17, 21:21. No dia seguinte, eu estava animada com o show do Coldplay que assistiria pela televisão já que não pude ir no Rock in Rio e resto da história desse dia eu já contei no post anterior.
Duas semanas depois, sonho com ele outra vez. Como todos os meus sonhos, foi estranho, mas o que era estranho mesmo é que havia outro cara lá. Na verdade, eu estava cogitando a possibilidade de namorar esse cara (claro que no sonho eu já o conhecia) e de repente você-sabe-quem aparece e largo o outro cara pra ficar com ele, mesmo sabendo que esse cara queria ficar comigo sem exigir nada. Outra coisa estranha no sonho é que ele estava de preto e o outro cara usava cores claras, totalmente opostos.
Esse sonho me deixou mais perturbada ainda, mas eu não tenho mais amigos pra falar sobre isso, desabafar... só tenho minha psicóloga, que sempre liga você-sabe-quem às coisas ruins que eu sinto, que me puxam para baixo. Eu sei que essa situação com ele contribuiu bastante para eu me sentir mal, mas ele definitivamente não faz parte da doença.
Minha amiga me passou mais músicas da banda favorita dela, eu gosto da maioria das músicas que ela me passa, mas todas que são tristes me lembram dele e a última que eu escutei fala sobre amizade, mas a primeira vez que eu ouvi eu só consegui entender o refrão, que para mim foi bem significativo, pois eu estava pensando nele:
Don't change the way you think of me
We're from the same story
O Halloween acabou sendo só mais um dia e outubro acabou...
Novembro deveria ser um mês bom, mas começou bem ruim com as consequências dos fatos de outubro, andei faltando muito a escola, aquela história de você-sabe-quem que não sai da minha cabeça, não sinto vontade de fazer nada, não sinto vontade nem de levantar, parece que tudo está voltando ao que era antes.
Minha mãe tem grande parte de culpa nisso, fica marcando em cima, diz que eu não me alimento direito, que eu durmo nas horas erradas, que eu durmo demais, que eu não durmo, o pior é que ela está certa, mas está errada em agir assim, ela sabe que as coisas comigo não funcionam desse jeito. Ela não tem de cobrar que eu faça as coisas direito se eu não consigo, ela deveria me perguntar o que há de errado, deveria deixar eu me levantar no meu tempo e não esperar que eu esteja de pé. Parece que ela não aprendeu nada durantes esses 3 anos... Parece que ela quer me obrigar a ser a filha que ela quer e não a que eu sou... Não consigo conversar com ela, porque sempre acaba numa briga ou começa com uma, e nada se resolve. Eu sinceramente já estou pensando em desistir disso tudo...
Os fins de semana também não ajudam, a namorada do meu irmão está sempre aqui. Não que eu não goste dela, mas não é muito legal ver um casal quando seu coração está doendo. Trechos de músicas ficam martelando na minha cabeça e eu não consigo dormir feliz, confortável. Eu só queria ficar longe deles, eu passei a odiar a palavra família de uns anos para cá.
O meu aniversário está chegando e cai bem na semana de provas, mas eu já não me importo mais com isso, já sei que fazer 18 anos não vai mudar em nada minha vida, ainda mais por eu ainda ter de fazer o terceiro ano. A única coisa que eu sei é que preciso resolver o mais rápido possível esse problema de você-sabe-quem, porque isso parece está pior do que antes.

quinta-feira, 6 de outubro de 2011

Meu coração ainda está lá

Um sonho seguido de horas iguais, você sabe o que dizem sobre elas, e no dia seguinte uma música: Segredos - Frejat.
"Procuro um amor que seja bom pra mim
Vou procurar, eu vou até o fim..."
Sempre lembro dele quando ouço ou apenas leio a letra dessa música.

Digo, duas músicas: Malandragem. Escutava muito as duas quando era criança, acho que tocava no rádio.
"Eu sou poeta e não aprendi a amar"
Não me considero poeta, mas não aprendi a amar e talvez eu seja uma garotinha, por isso meu coração ainda está lá.

quarta-feira, 28 de setembro de 2011

Inferno

Hoje eu acordei muito puta por causa da obra na casa da minha vizinha, o cara lá estava furando a parede às 8h30 da manhã! Porra! Aí decido ir logo para o colégio, porque é a única fuga que eu tenho de casa.
Depois, quando eu chego em casa, como de costume, lancho e vou procurar umas besteiras nas redes sociais pra me distrair já que eu não trabalho. E, como sempre, acabo chegando num lugar onde não deveria estar e acabo lendo coisas que não me agradam e então eu percebo que dormir com certas palavras na cabeça é pior do que acordar com o barulho de uma furadeira.
O pior é que eu procuro isso. É frustrante e cansativo ser o próprio inimigo. Como Sam Winchester, eu tenho o inferno dentro da minha cabeça.

quarta-feira, 21 de setembro de 2011

Sleeping Sun


Eu amo essa música, mais eu a amo mais ainda quando eu preciso fugir para outro lugar e não posso, então eu me deito, fecho meus olhos e a escuto e... eu fico no céu. É como se ela me ninasse.
Essa música é incrível, ela tem uma atmosfera mágica, uma letra tão enigmática e significativa, começa tão calma e gradativamente se torna épica. É com certeza uma das melhores músicas do Nightwish.
A música foi gravada em 1999 e foi editada e relançada com um novo video clipe em 2005. O video original foi gravado próximo ao Lago Inari na Lapônia finlandesa, é muito peculiar; e o remake foi feito em estúdio na Finlândia e é bem épico. Mas eu prefiro a música original, por isso o video que eu coloquei acima é uma mistura de música orginal + video novo.

segunda-feira, 12 de setembro de 2011

Heavy Metal Lover


"I could be your girl girl girl girl girl girl
But would you love me if I ruled the world world world?"


sexta-feira, 19 de agosto de 2011

Angels

Eu tenho fascínio por anjos (assim como vampiros), acho linda a figura que representa um anjo, um ser humano alado. E desde que três pessoas me chamaram de "anjo" referindo-se à pureza, ingenuidade, eu percebi que todas as música que eu já ouvi que têm a palavra "angels" o verso ou a frase que contém essa palavra fica grudado na minha mente.
Acho que consegui colocar na ordem que escutei essas músicas, acho que no final fará algum sentido.
Angels fall first - Nightwish
An angel face smiles to me under a head line of tragedy, that samile used to give me warm
Oh, Lord, Why the angels fall first
Sacrament of wilderness - Nightwish
Naked in midwinter magic lies an angel in the snow, the frozen figure crossed by tracks of wolves
We will honor the angel in the snow
Angels - Robbie Williams
I'm loving angels insted
Down on you - Tokio Hotel
'Cause angels don't cry and we are
'Cause angels fall down and we are
Angels - Within Temptation
Sparkly angel I believed you were my savior in my time of need
I see the angels, I'll lead them to your door
Sparkly angel, I couldn't see your dark intentions, your feelings for me
Fallen angel, tell me why? What is the reason, the thorn in your eye?
Snuff - Slipknot
Angels lie to keep control
Chop Suey - System of a Down
I cry when angels deserve to die

domingo, 24 de julho de 2011

Verbos das idades

Aos 15 anos, morrer
aos 16, nascer
aos 17, perder a vontade de viver
aos 18, encontrar
aos 19, tocar
aos 20, uma cantora de bar.

segunda-feira, 18 de julho de 2011

Harry Potter

Pois é, acabou. Mas eu não estou triste, na verdade, fiquei muito feliz. Chorei sim, mas estava feliz.
Há dez anos eu ouvi falar de um filme sobre um menino bruxo, podem me xingar, eu nunca tive o costume de ler, comecei mesmo pelos filmes. Seis meses depois minha mãe comprou o DVD deste filme no aniversário do meu irmão, gostei muito da capa, parecia um livro. Fiquei fascinada ao assistir, era mágico (dãh)! Mas naquela época não sabia quão grande era essa história, na verdade. Mais seis meses depois, estávamos assistindo A Câmara Secreta no cinema. Lembro de três coisa daquele dia: o filme era legendado, a Murta dizendo "bigs yellow eyes" e uma menina na fileira de trás contando o filme todo.
Não me lembro exatamente quando eu me tornei fanática pela série, só lembro que foi antes de novembro de 2004, quando eu comprei e assisti ao DVD de O Prisioneiro de Azkaban e este se tornou o meu filme favorito da série, dizem que é o mais sombrio, e ironicamente foi o único filme cujo livro eu não li até hoje.
Em 2005 mudei de escola e fiz novos amigos, dois deles tão fanático por HP quanto eu, talvez até mais. Fizemos muitas coisas juntos, inclusive assistir O Cálice de Fogo no cinema e outros filmes (fiquei chateada com a morte do Cedrico, mesmo ele só tendo aparecido direito nesse filme). Foi a época em que eu passei a sair com os amigos.
Em 2006 resolvi ler os livros, porque era realmente uma vergonha não ter lido nenhum até então. Eu não tinha nenhum, meus amigos não tinham os primeiros e os livros da escola estavam caindo aos pedaços, minha tia tinha alguns, mas eu sempre tive vergonha de pedir coisas para os meus tios, ou seja, comecei a ler no computador. Eu odiava (e ainda odeio) ler no computador, era cansativo demais, eu enrolei tanto o primeiro livro que demorei quase um ano lendo (horrível, né, eu sei). Eu finalmente terminei de ler A Pedra Filosofal em janeiro de 2007 e em abril eu peguei o segundo na biblioteca da escola. J.K. Rowling choraria (ou não) ao ver o estado daquele livro. Terminei em tempo record para quem havia levado um ano para ler o anterior, que era menor.
A escola não tinha O Prisioneiro de Azkaban, na verdade tinha, mas pelo estado que estava a professora disse para eu esperar a escola comprar outro. Meu amigo só tinha do quarto livro em diante e eu, muito apressada, resolvi pular o terceiro e ler depois. Li O Cálice de Fogo mais relaxada, afinal o livro era enorme e eu não precisaria entregá-lo em duas semanas. Percebi que havia um monte de coisas do livro que eram diferentes do filme e comecei a discutir isso com o meu irmão, que é outro fã de Harry Potter.
Terminei um mês antes da estréia de A Ordem da Fênix, mas não pude ler o quinto livro antes de ver o filme, pois meus amigo estava relendo. Esse foi o último filme que eu assisti sem saber nada antecipadamente. Lembro que comprei os ingressos antecipadamente só para ganhar o poster do filme (foi quando começou a minha tara por posters de filmes e infelizmente a locadora que me forneceu dois poster da minha coleção fechou).
Pouco tempo depois de ver o filme, li o livro. Era um livro grande, maior do que o quarto, mas terminei em mais ou menos um mês. Sempre que tinha alguma coisa que eu não entendia, eu tirava dúvidas com meu irmão. Em outubro terminei de ler O Enigma do Príncipe, esse até então foi o meu livro favorito, contava toda a história do Voldemort e fiquei triste com a morte daquele personagem, mesmo já sabendo que ele morreria. Depois teve a Bienal do Livro e esses meus dois amigos foram e um deles, Lucas, comprou As Relíquias da Morte e eu entrei na fila para pegar o livro emprestado com ele.
2007 foi o ano em que eu me viciei em ler livros e foi um ano de muitas festas. Festas organizadas por nós, festas de 15 anos das meninas da turma do meu irmão, cine's pipoca, foram os meus 13 anos, foi quando eu completei 14 e chorei pela primeira vez com um presente, foi o melhor ano da minha vida.
Já 2008 foi bem diferente, mais estudos, menos livros, mais estresse, menos diversão. Mudanças que eu não gostei muito, na verdade desde esse ano muitas coisas mudaram e eu não gostei muito. Foi um ano sombrio, foi quando comecei a questionar a morte e o fim das coisas, das pessoas, foi quando eu li o último livro. Tive aquele medo de saber se o Harry morreria ou não no final, mas eu não conseguia parar de ler até saber toda a história, é por isso que eu digo que sou mais curiosa do que medrosa. Apesar de ser o último livro, para mim ainda não era o fim. Para mim só acabaria quando eu assistisse ao último filme. Foi nesse ano também que li Crepúsculo (sim, eu gosto), mas isso é história para outro dia.
2009 foi muito pior, tive de me afastar de tudo, mas isso também é história para outro dia. Resumindo, por eu estar afastada de tudo e todos, fui assistir O Enigma do Príncipe só com a minha melhor amiga e ela nem é fã da série, mas foi bom.
2010 foi um reinício e eu percebi que o bom e o ruim são pontos de vista. Me reaproximei das pessoas e tentei combinar com meus amigos para assistir a primeira parte de As Relíquias da Morte, mas não rolou, eram muitos planos para um mês. Acabei assistindo com a minha família no dia do meu aniversário e foi bem legal.
2011 não tem tantas coisas para contar, eu não fiquei esses seis meses tão ansiosa pelo filme. Vi tantas imagens, os trailers, me arrepiei com eles, mas não perdi a cabeça. Assisti a primeira parte faltando uma semana para a estréia e, poucos dias antes, eu voltei a pensar no fim, mas não do mesmo jeito como eu pensava antes. Assim como quando li o livro, eu não queria que acabasse mas queria saber como fizeram queria ver.
Depois que estreou, vi muitas pessoas falando que choraram, se perguntando “o que será agora?”, eu achava que não iria chorar. Eu não encarava esse fim como uma morte, todos nós já sabíamos que acabaria, não era nada súbito. Tem muita gente apostando no PotterMore, mas para mim não terá nada além do que já sabemos, mas vamos ver o que vai ser.
Finalmente chega o dia 16 de julho. Só no caminho caiu a ficha de que eu iria assistir ao último filme com os meus amigos, fiquei muito ansiosa. Encontrei uma moeda e pensei “talvez hoje seja um dia de sorte”.
Conversamos antes do filme começar, pegamos os posters, fizemos planos de gritar em certas cenas, já sabíamos a história, mas o meu amigo que me emprestou os livros, Marlon, disse “é o último”. Eu senti tristeza na voz dele.
A cada cena era um reação diferente, o cinema inteiro riu, o cinema inteiro bateu palmas, houveram cenas fortes também, aí eu entendi a classificação etária. Muitos peronagens morreram, todo mundo sabe disso, mas vê-los mortos foi o mesmo que ver alguém que você conheceu mesmo morto, afinal, nós os vimos em outros filmes vivos, felizes, e as lembranças do Snape também. E no final eu chorei. “Acabou da forma mais perfeita possível” disse o meu irmão. Aquela cena da estação de trem, o Harry abraçando o filho dele, eles se despedindo dos filhos e observando o trem partir para Hogwarts, foi lindo demais, foi a cena mais linda que eu vi na minha vida.
Saí do cinema com os olhos molhados, segurando a mão do Lucas, ouvindo o Marlon dizer ainda num tom triste “acabou gente”, quase perdi meu poster quando fui ao banheiro. Mas eu chorava de alegria, não sabia porque mas era alegria. Eu disse “foi o dia mais feliz da minha vida” e o Maicon respondeu “isso vai ser quando o seu filho nascer” (rs).
Só no domingo quando fui dormir que consegui pensar em tudo, conversei com o meu irmão e nessa conversa percebi que não havia como ser melhor e percebi o porque da minha alegria. Foi tão gratificante acompanhar uma história há quase dez anos e vê-la acabar de uma forma tão perfeita. É como se eu fizesse parte disso, mas na verdade isso faz parte de mim.
Durante esses nove anos que eu conheço essa história eu tive atitudes de fã e de fanática: assisti aos filmes, li os livros, comprei DVDs, tive uma paixonite pelo ator principal (haha), montei uma pasta especialmente com reportagens da série (e de outros atores e bandas também, mas isso não vem ao caso), colecionei posters... Mas uma coisa que Harry Potter me ensinou nessa última parte é que depois do fim vem o começo :)

sexta-feira, 15 de julho de 2011

His Infernal Magnetism

O meu mal sempre foi me prender a qualquer fio de esperança,
por mais fino que fosse.
Um erro foi chamá-lo de infinito
por isso eu sei que não vai acabar.

Você é só mais um jovem
acha que tem a sabedoria dos séculos
mas é só mais um tentando ser diferente.
Não, você não é o mais esperto
você não sabe o que é melhor
é tão crítico e cego quanto as pessoas que odeia
é tão machucador quanto elas.

Agora você está com ela de novo
vai brincar de casinha, com sua bonequinha
vai brincar de família feliz
mas quanto tempo você acha que isso vai durar?

Quanto tempo acha que vai demorar para ela largá-lo outra vez?
Vai começar a se sentir preso, sozinho
vai procurar um ombro para chorar
vai encontrar muitas pernas abertas, com certeza
mas quantos braços?
Quantos braços?

Nunca mais os braços vão te segurar
nunca mais o vento irá te beijar
a paixão fria está congelada
e nada poderá amornar-la...

quinta-feira, 14 de julho de 2011

Enterrar lembranças

Briguei com o Pai por ter me tirado quem eu mais amava
depois prometi que nunca mais blasfemaria
mas não prometi que voltaria.

Fui em busca do que mais queria
caí, me machuquei,
cortaram minhas asas.

Se eu pudesse voltar no tempo
mudar nossas conversas
mudar minhas respostas, minhas perguntas
ouvir àqueles que me disseram para te esquecer antes de me lembrar.

Aquela música parece rasgar a minha alma como um folha de papel
e me faz perceber o tamanho do buraco no meu peito
buraco que você deixou depois de levar meu coração.

Não posso, não consigo começar algo sem terminar isso antes
preciso enterrá-lo
e enterrar uma parte de mim mesma com ele.

segunda-feira, 27 de junho de 2011

Jack de papel

Em meio a tanta tristeza no meu Tumblr e aqui, lá, vi esta foto há algumas semanas e fiquei fascinada. Sim, um papercraft do Jack Skellington *-*

Papercraft é uma técnica usada para fazer bonecos tridimensionais feitos de papel e cola. Eu já conhecia essa técnica há algum tempo, o primeiro e mais incrível que eu vi foi o Link (Zelda) que um cara fez em tamanho real, mas fiquei doida quando vi esse Jack e procurei logo para baixar.

Para montar um papercraft você vai precisar de uma boa impressora, papel, cola e tesoura sem ponta e, ah, claro, paciência dependendo do boneco. Vou colocar o link para baixar o do Jack, mas existem muito outros, é só procurar ^^

Download

segunda-feira, 20 de junho de 2011

Restos de sentimentos...

Eu não estou bem
nem o meu humor negro pode me salvar
Por que eu deixo você me machucar?

Cabelos ao vento não podem me proteger do frio
fechar os olhos não faz o choro cessar
e qualquer música melódicamente triste me lembra você

Músicas supostamente deveriam me ajudar
Aparentemente tudo me lembra você
e eu odeio tudo por não poder te ver
Aquele solo de guitarra destruindo minha estrutura interna
e deixando as lágrimas transbordarem
destruindo qualquer esforço que eu faça pra não lembrar de ti

Você me quer para te curar
mas só faz me machucar
Eu só sirvo quando não tem mais ninguém

Medindo forças, sabendo que os dois estão perdendo
Você tinha razão, somos parecidos demais,
eu penso algo de você e você pensa o mesmo de mim.

quinta-feira, 16 de junho de 2011

Quando nada mais importa

Não existe mais ninguém, que realmente me conheça
Meu mundo se despedaçou
E se perdeu um final feliz
Por você eu não devo chorar
Eu sei, nós não somos imortais
Mas você tinha dito uma vez

Quando nada mais funcionar
Eu serei um anjo, só pra você
E para você aparecer em toda noite escura
E então vamos voar pra bem longe daqui
Nós nunca mais vamos nos perder

Até a primeira vez que você aparece pra mim
Eu vejo que você do céu
Chora por mim com as nuvens
Eu espero eternamente por ti
Mas não é tão eternamente assim
Então você disse uma vez

Quando nada mais importa
Devo ser um anjo, só para você
E você aparecer em toda noite escura
E então nós estamos muito longe daqui
Nunca mais vamos nos perder
Nunca mais nos perder

Quando nada mais importa!

Basta pensar em mim e você vê
O anjo que está voando perto de você
Basta pensar em mim e você vê
O anjo que está voando perto de você

Quando nada mais importa
Devo ser um anjo, só para você
E você aparecer em toda noite escura
E então nós estamos muito longe daqui
Nunca mais vamos nos perder

Quando nada mais
Quando nada mais importa
Quando nada mais
Quando nada mais importa
Wenn Nichts Mehr Geht. Tokio Hotel.

terça-feira, 14 de junho de 2011

A curiosidade matou o gato

Estava eu ontem indo estudar de madrugada para o teste, quando decidi tirar da mochila e guardar um livro na prateleira. Resolvi guardar dentro dele um papel com o rascunho do que será minha primeira tatuagem e meu coração mordido de papel cartão. Abri o pequeno livro numa página aleatória e por curiosidade li o texto que se iniciava naquela página, e agora percebo que tenho realmente alma de gato, porque a curiosidade me matou.

Arte e Fuga da Espera

– O que espera uma pessoa que espera?

Olho aquela ali na praia, na esquina, no aeroporto, no bar. Irrequieta. Espera o que? Seu pescoço volta e meia faz meia-volta como um farol que não ilumina nada. Tão-somente, circularmente espera. Viciosa e ansiosamente espera.

A pessoa que espera não aguarda apenas que o outro chegue. Fantasia que com o outro e a sua forma, com o outro, e a sua voz, chegará o que ela desde sempre espera. Esperar assim é esperar perdidamente.

Quem espera, mas está seguro que o outro vem, na verdade, não espera. Vive plenamente eu tempo fluindo com o rio, aguarda a confluência com o outro, certo de que hão de se misturar em águas, peixes, terras e emoções no mesmo orgasmo no mar.

A verdadeira espera é diferente. A pessoa que espera, mais que as outras, está exposta na vitrina de seus gestos. Esta voltada para fora, perdeu seu centro, precisa de uma visão que a complemente, está sofridamente frágil, está sem pele com a carne viva ao vento.

O tempo não passa. Ou pior, transpassa, por dentro, rasgando em aviltamento.

A pessoa que espera está coagulada no instante.

O que espera é estátua. Pulsante.

Esperar é tarefa pesada demais para os mortais.

E na espera, há um momento em que acontece algo surpreendente. Algo se erige no vazio. De tanto querer ver e encontrar, de tanto querer ouvir e tocar, começa-se a vislumbrar o outro no corpos alheios. De repente, começa-se a alucinar. Uma nuca, um certo modo de prender ou soltar os cabelos é presença no ausente. O que espera, desesperadamente tira de dentro de si mesmo o outro falante como um ectoplasma. Há qualquer coisa de espelho, espelho vazio, vazio nessa espera angustiante.

O esperador costumaz sabe seu ritual. Já abatido, exaurido, primeiro segrega algumas desculpas pelo outro: certamente aconteceu algo imprevisto, atrasou-se um pouco, é natural. E vai se dando tempo, inventando razões, criando etapas, prazos novos, falsos limites: – espera só mais um pouco, não é possível, ele vai ver quando chegar. Súbito passa a agredir o outro imaginariamente, se eriça todo, começa a depreciá-lo, mas é a si mesmo que agride, é para dentro que sangra. E se o outro chegasse, pobre do que espera! num átimo e recomporia todo e iria lamber seus pés.

(...)

Há pessoas que esperarão a vida inteira. Há pessoas que farão os outros esperarem a vida inteira. Na verdade, existe um secreto pacto entre o que se faz esperar e o que espera, como há entre o rejeitador e o rejeitado, entre o sádico e o masoquista. É um jogo de cão e gato. E quando o rejeitador fareja no ar a sua vítima, começa o ritual. O esperador vocacional, por sua vez, cai direitinho na armadilha. Conhece as etapas dos jogo e mal encontra o outro, vai logo tomando o caminho das esquinas, se postando diante das portas e janelas, rondando os bares e aeroportos. O rejeitado olha mais do que qualquer outro para o telefone. Não apena olha, ouve sua chamada nenhuma.

Quem espera é um fio tenso, que a qualquer hora vai se partir. Entre o seu corpo e o mundo há um vácuo triste e denso. Há qualquer coisa do condenado com a cabeça exposta no patíbulo, cuja guilhotina, no entanto não vem.

E se nos aproximarmos do lugar onde por uma eternidade esteve aquele que esperou, veremos não apenas marcas sobre chão, papeis e tocos de cigarro. Ali estão outros destroço. Pedaços, fragmentos de um corpo, restos de sentimentos deixados por aquele que inutilmente esperou. Ali perdeu-se algo. Ali a vida de alguém coagulou.

Sant'Anna, Affonso Romano de. Que presente te dar.

Rio de Janeiro: Expresão e Cultura, 2002

O mais importante de ser lido está em itálico. Foi por isso que eu passei, exatamente isso eu senti e pensei. Não conseguia desabafar, não havia ninguém para ouvir, não conseguia me expressar tão bem em textos... Resolvi dar fim à história antes que a história desse um fim a mim. Mas não consigo esquecê-lo, não consigo enterrá-lo e a cada dia surgem mais coisas me lembrando dele e de nós, como este texto desse livro. Ele nunca irá embora enquanto existirem restos de sentimentos...

quinta-feira, 24 de março de 2011

Kandee Johnson

Olá, quem quer que esteja lendo, não sei quem você é, mas gosto de você. Eu realmente espero que alguém ainda leia isso aqui porque eu sou carente e preciso de atenção -chora
Acabando com o drama, vamos ao assunto. Eu iria fazer esse post no All Star Pics, mas a ideia daquele blog não deu muito certo (pena), então eu postarei todas as minhas maluquices aqui, afinal, é meu esconderijo perfeito XD
Eu estava olhando umas postagens antigas no Cherry Snow e achei uma sobre make pro carnaval (postagens bem antigas mesmo as que eu estava lendo). Duas das sugestões eram a Neytiri, de Avatar, e a Rainha de Copas (minha querida Helena Bonham Carter *-*). É claro que eu queria saber como fazer esse make, até porque você já viram como é a sobrancelha da Rainha de Copas?
Enfim, os videos que ensinam a fazer são da Kandee Johnson. Ela é muito legal e muito doida também (por isso eu gostei haha) e os makes são perfeitos! Não assisti todos os video, ela tem muitos, mas dos que eu assisti os meus preferidos foram Betty Boop, Edward Scissorhands e a Rainha de Copas.

Sou uma grande fã de Tim Burton e a Betty ficou muito fofa. Ela tem muitos tutoriais e dicas de maquiagem no canal do youtube, inclusive um tutorial do Michael Jackson, e ela também tem um blog. Ah, é tudo em inglês.

segunda-feira, 21 de março de 2011

Nyah! Fanfiction

Olá para quem ainda lê isso aqui, fico feliz que esteja lendo, porque eu não terminei nem abandonei Adam & Eve, só tive de dar um tempo por motivos que não convém serem ditos aqui. Em breve novos capítulos.

Dessa vez estou aqui para falar de um site chamado Nyah! Fanfiction. O que é? É um site especializado para postagens de fanfics, abreviação do inglês fan fiction, histórias fictícias criadas por fãs, baseadas em filmes, séries, livros, mangás, entre outros. Mas o Nyah! também aceita postagens de histórias originais, ou seja, você pode criar uma história com personagens de sua autoria e postar lá. É o que eu estou fazendo.

Eu já criei um monte de histórias na minha cabeça, a maioria drama, só falta tempo e criatividade para colocar no papel (no Word, no meu caso). Pensei em passar a postar Adam & Eve lá, mas o site tem uma regra em que diz que não podem ser postadas histórias que já estejam em um blog ou coisa assim.

Então, Adam & Eve continuará sendo postado aqui, mas Die Unendlichkeit, minha nova história, já tem o primeiro capítulo no Nyah! Espero que leiam e gostem.