Fui para a escola ouvindo essa música linda (The Reign) da Tarja Turunen, o que ajudou bastante a deixar meu dia feliz:
Bem, eu não sou muito fã de panetone, mas quando eu ouvi "não vê há muito tempo", eu lembrei logo de você-sabe-quem.
Em meio a tanta tristeza no meu Tumblr e aqui, lá, vi esta foto há algumas semanas e fiquei fascinada. Sim, um papercraft do Jack Skellington *-*
Papercraft é uma técnica usada para fazer bonecos tridimensionais feitos de papel e cola. Eu já conhecia essa técnica há algum tempo, o primeiro e mais incrível que eu vi foi o Link (Zelda) que um cara fez em tamanho real, mas fiquei doida quando vi esse Jack e procurei logo para baixar.
Para montar um papercraft você vai precisar de uma boa impressora, papel, cola e tesoura sem ponta e, ah, claro, paciência dependendo do boneco. Vou colocar o link para baixar o do Jack, mas existem muito outros, é só procurar ^^
Estava eu ontem indo estudar de madrugada para o teste, quando decidi tirar da mochila e guardar um livro na prateleira. Resolvi guardar dentro dele um papel com o rascunho do que será minha primeira tatuagem e meu coração mordido de papel cartão. Abri o pequeno livro numa página aleatória e por curiosidade li o texto que se iniciava naquela página, e agora percebo que tenho realmente alma de gato, porque a curiosidade me matou.
Arte e Fuga da Espera
– O que espera uma pessoa que espera?
Olho aquela ali na praia, na esquina, no aeroporto, no bar. Irrequieta. Espera o que? Seu pescoço volta e meia faz meia-volta como um farol que não ilumina nada. Tão-somente, circularmente espera. Viciosa e ansiosamente espera.
A pessoa que espera não aguarda apenas que o outro chegue. Fantasia que com o outro e a sua forma, com o outro, e a sua voz, chegará o que ela desde sempre espera. Esperar assim é esperar perdidamente.
Quem espera, mas está seguro que o outro vem, na verdade, não espera. Vive plenamente eu tempo fluindo com o rio, aguarda a confluência com o outro, certo de que hão de se misturar em águas, peixes, terras e emoções no mesmo orgasmo no mar.
A verdadeira espera é diferente. A pessoa que espera, mais que as outras, está exposta na vitrina de seus gestos. Esta voltada para fora, perdeu seu centro, precisa de uma visão que a complemente, está sofridamente frágil, está sem pele com a carne viva ao vento.
O tempo não passa. Ou pior, transpassa, por dentro, rasgando em aviltamento.
A pessoa que espera está coagulada no instante.
O que espera é estátua. Pulsante.
Esperar é tarefa pesada demais para os mortais.
E na espera, há um momento em que acontece algo surpreendente. Algo se erige no vazio. De tanto querer ver e encontrar, de tanto querer ouvir e tocar, começa-se a vislumbrar o outro no corpos alheios. De repente, começa-se a alucinar. Uma nuca, um certo modo de prender ou soltar os cabelos é presença no ausente. O que espera, desesperadamente tira de dentro de si mesmo o outro falante como um ectoplasma. Há qualquer coisa de espelho, espelho vazio, vazio nessa espera angustiante.
O esperador costumaz sabe seu ritual. Já abatido, exaurido, primeiro segrega algumas desculpas pelo outro: certamente aconteceu algo imprevisto, atrasou-se um pouco, é natural. E vai se dando tempo, inventando razões, criando etapas, prazos novos, falsos limites: – espera só mais um pouco, não é possível, ele vai ver quando chegar. Súbito passa a agredir o outro imaginariamente, se eriça todo, começa a depreciá-lo, mas é a si mesmo que agride, é para dentro que sangra. E se o outro chegasse, pobre do que espera! num átimo e recomporia todo e iria lamber seus pés.
(...)
Há pessoas que esperarão a vida inteira. Há pessoas que farão os outros esperarem a vida inteira. Na verdade, existe um secreto pacto entre o que se faz esperar e o que espera, como há entre o rejeitador e o rejeitado, entre o sádico e o masoquista. É um jogo de cão e gato. E quando o rejeitador fareja no ar a sua vítima, começa o ritual. O esperador vocacional, por sua vez, cai direitinho na armadilha. Conhece as etapas dos jogo e mal encontra o outro, vai logo tomando o caminho das esquinas, se postando diante das portas e janelas, rondando os bares e aeroportos. O rejeitado olha mais do que qualquer outro para o telefone. Não apena olha, ouve sua chamada nenhuma.
Quem espera é um fio tenso, que a qualquer hora vai se partir. Entre o seu corpo e o mundo há um vácuo triste e denso. Há qualquer coisa do condenado com a cabeça exposta no patíbulo, cuja guilhotina, no entanto não vem.
E se nos aproximarmos do lugar onde por uma eternidade esteve aquele que esperou, veremos não apenas marcas sobre chão, papeis e tocos de cigarro. Ali estão outros destroço. Pedaços, fragmentos de um corpo, restos de sentimentos deixados por aquele que inutilmente esperou. Ali perdeu-se algo. Ali a vida de alguém coagulou.
Sant'Anna, Affonso Romano de. Que presente te dar.
Rio de Janeiro: Expresão e Cultura, 2002
O mais importante de ser lido está em itálico. Foi por isso que eu passei, exatamente isso eu senti e pensei. Não conseguia desabafar, não havia ninguém para ouvir, não conseguia me expressar tão bem em textos... Resolvi dar fim à história antes que a história desse um fim a mim. Mas não consigo esquecê-lo, não consigo enterrá-lo e a cada dia surgem mais coisas me lembrando dele e de nós, como este texto desse livro. Ele nunca irá embora enquanto existirem restos de sentimentos...
Dessa vez estou aqui para falar de um site chamado Nyah! Fanfiction. O que é? É um site especializado para postagens de fanfics, abreviação do inglês fan fiction, histórias fictícias criadas por fãs, baseadas em filmes, séries, livros, mangás, entre outros. Mas o Nyah! também aceita postagens de histórias originais, ou seja, você pode criar uma história com personagens de sua autoria e postar lá. É o que eu estou fazendo.
Eu já criei um monte de histórias na minha cabeça, a maioria drama, só falta tempo e criatividade para colocar no papel (no Word, no meu caso). Pensei em passar a postar Adam & Eve lá, mas o site tem uma regra em que diz que não podem ser postadas histórias que já estejam em um blog ou coisa assim.
Então, Adam & Eve continuará sendo postado aqui, mas Die Unendlichkeit, minha nova história, já tem o primeiro capítulo no Nyah! Espero que leiam e gostem.