sexta-feira, 16 de novembro de 2012

Quando ela está caída em depressão

"(...)Outro ponto comum é de quando Ela está caída em depressão, falar o que é "clichê" como: "não fica assim,vai ficar tudo bem; aff deixa de frescura; te anima,bota um sorriso na cara; etc. Não vão ajudar em nada, podem até piorar e irritar Ela mais ainda. Ações tais como mostrar afetividade, um abraço, uma visita ou se estiver longe uma mensagem mostrando que Ela não está esquecida vão ajudar muito.
Por fim procure sempre respeitar Ela, não haja sem antes pensar se isso pode ferir algum sentimento ,tenha uma relação saudável, mesmo com o fardo que carrega Ela não precisa de Ajuda 24 horas, como qualquer pessoa, Ela vai querer um tempo sozinha, respeite o espaço dela, e principalmente, NUNCA MINTA PARA ELA, se disser que vai estar sempre com Ela,não vire as costas quando mais precisar,muito menos quebre as promessas que fez,Ela vai se lembrar do que prometeu .Mesmo que ela te xingue ou grite com você é sinal de que tem um sentimento por você dentro dela, do contrário Ela iria só te ignorar,e nem uma lagrima iria derramar por você estar indo embora."

fonte.

terça-feira, 13 de novembro de 2012

Karma

Bem, minha psicóloga, ao me ouvir balbuciar aos prantos o último parágrafo da última postagem, achou melhor que eu procurasse outro psiquiatra. Mais ainda por eu falar da parte dos questionamentos "e se...?" que ignoravam as supostas experiencias sobrenaturais que eu e outras pessoas próximas a mim tivemos, apesar de eu perceber que ela não crê muito nisso. Enfim, ela disse que eu estava falando de uma total "falta de fé" em tudo e era exatamente disso que eu tava falando, por que eu deveria acreditar em qualquer coisa no mundo, por que eu deveria fazer qualquer coisa. Então, ela falou sobre os remédios, a demora da psiquiatra em me atender... e então disse que iria ver se o irmão dela poderia me atender pelo mesmo preço (ele não trabalha com meu plano de saúde).
Depois disso eu acabei me "concentrando" no ENEM(entre aspas porque eu não realmente estudei, mas estava de certo modo concentrada nessa prova), que eu fiz só por estar no modo "deixa a vida me levar". Mas, um dia antes da prova, liga minha tia quase tendo um treco por causa da palavra "acho" quando ela me perguntou como/com quem eu iria pra prova: "Você já sabe onde vai fazer? Quer que eu te leve?" "Não, tia, não precisa, acho que vou com a minha amiga" "Acha? Não é melhor ligar pra ela pra confirmar e depois você me liga dizendo se vai ou não?" "Não, tia, não precisa, minha mãe disse que, qualquer coisa, ela me leva" "Mas você vai fazer a sua mãe chegar atrasada no trabalho...". CARA, você acha mesmo que eu estaria tão despreocupada se houvesse alguma possibilidade de eu não conseguir chegar lá e/ou atrapalhasse a vida de alguém por causa disso?! Acha mesmo? Eu? Quanto anos mesmo vocês passaram fazendo lavagem cerebral ~involuntariamente~ em mim pra que eu fosse perfeita e infalível?! Daí, no dia seguinte, trocando mensagem com a minha amiga, ela diz que não sabe se a menina que ia dar carona pra gente iria mesmo, aí foi a vez da minha mãe pirar: "esse povo fala as coisas, chega na hora não faz...". Foi nessa hora que eu quis arrancar fora a minha cara, mas eu virei pra minha mãe e falei "mãe, calma". A minha amiga com certeza saberia outro jeito para irmos, tanto é que foi desse outro jeito que fomos no segundo dia. Eu sinceramente não sei como eu consegui manter a calma, devem ter sido esses quatro anos de prática e blindagem...
No dia, também, teve uma coisa que me deixou puta. A menina, que nos deu carona, deu uma sugestão de como chegar lá mais rápido enquanto os pais dela discutiam como chegar lá mais rápido (o pai dela já tinha mudado de caminho e instrução -pra gente- umas cem vezes), só que a mãe dela a mandou calar a boca de jeito tão autoritário e agressivo, que eu só não falei nada porque eu não tenho direito de dar pitaco em nenhuma "conversa" de família. Ela já estava nervosa por conta da prova e mãe ainda fala desse jeito com ela... Mas de qualquer jeito eu dei umas dicas a ela de como se acalmar.
Nem senti o fim de semana por causa dessa bendita prova, que eu não gostaria de fazer nunca mais (apesar de ter ido bem). A minha escola havia ficado sem luz porque o disjuntor explodiu na semana anterior, então a organização do projeto
Finalmente chega o dia da consulta. Depois de um dia inteiro na escola, planejando o projeto do último bimestre, com um monte de gente fazendo fofoquinha pelas minhas costas (e dos meus amigos), encontrei minha mãe no consultório e ficamos esperando mais de uma hora. Quando finalmente sou consultada, me vejo obrigada a lembrar desses quatro anos de merda, sou obrigada a ouvir frases como "mas isso é uma coisa que você tem de resolver com você mesma, de não dar tanto poder a sua tia/mãe", "ele é um filho da puta, quem ama abre mão", "ter uma filha com 21 anos é uma demonstração da pouca maturidade dele", "nossa como ele é santo", "ainda bem que você deu um basta", "homem não vale nada", COMO SE EU JÁ NÃO TIVESSE OUVIDO ISSO ANTES e ainda sou interrompida o tempo todo por vários telefones. Fora que me ver chorar até soluçar e não me oferecer nem um copo d'água foi muito gentil da parte dele.
Depois dessa sessão de descarrego (no sentido ruim, porque se eu tinha alguma força ainda foi tudo embora ali), eu só queria chegar em casa e dormir, mas tive que enfrentar um ônibus com rádio estourando meu tímpanos, tocando músicas de dor de cotovelo dos anos 80. E quando eu finalmente chego em casa, meu primo ainda está lá terminando uma música às onze da noite. Nada contra ele, muito pelo contrário, eu adoro ele, mas cantar Stil Loving You (Scorpion) quando eu comento sobre o rádio do ônibus com música dos anos 80 é sacanagem.
Isso deve ser meu carma mesmo... só queria saber o que foi que eu fiz de errado...
E então o vazio volta.