quinta-feira, 25 de novembro de 2010

Welcome To Humanoid City

O show foi há dois dias, só estou escrevendo agora porque passei o dia de ontem praticamente todo dormindo, dormi muito mal no ônibus, eu já não dormia bem dias antes do show pela ansiedade...
Tudo começa em agosto, quando dias depois de eu mudar meu nick do MSN para november (porque eu nasci em novembro) eu vejo a confirmação do show do Tokio Hotel em São Paulo, 23 de novembro, BEM perto do meu aniversário 28, essa hora foi mágica. Primeiro senti uma emoção, os olhos brilhando, depois percebo que é só em São Paulo :/ Depois lembrei do dinheiro que recebi do Mérito Escolar que tava na poupança e parti pra busca de um jeito de ir.

Pensei em avião, ônibus... Aí li no site do Via Funchal, onde eles se apresentariam, que só poderia ser comprada meia entrada se fosse lá na bilheteria, fiquei triste de novo. Mas meu pai achou o site de um pessoal que organiza caravanas pra shows e tinha do TH, eles compravam ingresso e tudo. Combinamos tudo com eles, fiz um “empréstimo” com a namorada do meu irmão pra ela poder ir também.
Daí, em novembro meu celular dá pau e eu fico sem música pra ouvir quando saio de casa, fiquei triste e chateada, ele tinha um valor emocional muito grande. Foi uma ansiedade só esse mês: meu celular estraga, tento vender na internet, não consigo, minha mãe teve que comprar outro um dia antes do show, pra eu não viajar no tédio (6 horas da viagem é bem tenso); Harry Potter estréia e eu não vou assistir nem no fim de semana, queria ter ido na estréia, mas isso foi superável, se tudo correr bem assisto no dia do meu aniversário.
Finalmente chega segunda-feira, 22 de novembro. Eu não consegui dormir durante a noite, mas mesmo assim fui pra escola. Cheguei em casa, deitei na cama e dormi durante 3 horas. Nas últimas horas do dia minha mãe chega com o celular novo, de madrugada passei o conteúdo musical. Dormi bem pouquinho.
Acordamos às 4h30, chegamos no local do encontro da caravana, próximo a Praça XV quase 7 horas. Passa mais de uma hora e finalmente entramos no ônibus. No início até estávamos animados, mas as horas foram passando, passando... eu olhava pela janela e só via morros cobertos por grama, árvores, mato, resumindo: a janela era um papel de pare do Windows que mudava um pouco, que ironia.
Depois teve a parada pra comer, aproveitei pra fazer minha maquiagem pesada-básica, comemos e voltamos. Mais 3 horas seguidas ouvindo música e chegamos em São Paulo (eu sabia porque a rede do celular mudava). 1 hora pra chegar no Via Funchal. Quando chegamos começaram a gritar e a única palavra que eu entendi foi “fila”.
Quando desci do ônibus e vi a quantidade de pessoas foi que eu percebi que seria diferente dos shows que eu já tinha ido. A dimensão era muito maior. Não entendi de cara porque tinha gente em pé aos pouquinhos, pequenas filhas, só depois que a gente andou até a porta da casa de shows que o segurança falou que a fila tava dividida pra não fechar as entradas dos prédios.

Fui procurar a Fabby no início da fila, mas não achei. Nisso, conheci uma menina bem legal e a mãe dela que também gostava da banda, Isabela de Santa Catarina. Conversamos, depois decidimos entrar na fila, aí fomos andando em direção ao final, mas a Carol, namorada do meu irmão, queria comprar uma camisa de um dos caras lá, e esse cara tava no meio da fila, depois que ele foi embora, nós ficamos ali e sentamos, ninguém veio reclamar, que sorte!
Nós fomos entrevistados pelo cara do G1, só porque meu pai estava com a camisa do Iron Maiden, era umas 16 horas mais ou menos... http://g1.globo.com/pop-arte/noticia/2010/11/pais-roqueiros-acompanham-filhos-no-show-do-tokio-hotel-em-sp.html (somos a segunda família). Ele disse que eu sou fã do TH há 3 anos e 8 meses, mas eu sou fã só há 2 anos e 2 meses e ainda tirou uma parte do que eu falei, mas whatever...

Às 18 horas eu a Isabela queríamos ir o banheiro. Fomo no restaurante que ela e a mãe dela almoçaram, elas estavam hospedadas na casa de uma amiga. O nome do restaurante é mesmo do Unendlichkeit (a única pessoa que eu amei de verdade), depois explico por desse nome em alemão. No caminho pro restaurante encontramos um telefone público igual àqueles telefones de Londres, meus olhos brilharam, tirei foto é claro!
Quando voltamos tinha um rumor de que abririam uma hora mais cedo, ia abrir às 20h. Mas esperamos e esperamos e nada. Tinha um rapaz caracterizado de Tom (guitarrista da banda, irmão gêmeo do vocalista), eu não achava parecido, mas um monte de gente achava.
Nós íamos encontrar um primo meu que mora em Sampa, mas ele não viu meus scraps no Orkut a tempo, mas foi bom ele não ter aparecido porque a gente nem ia poder passear como planejamos, ficamos o dia todo na fila. Fizeram contagem regressiva pras 20 horas, depois disso a fila começou a andar.
Me deu o maior frio na barriga quando cheguei perto do portão, um sonho de mais de 2 anos e tornando realidade, mas quando vi as meninas correndo eu fiquei tensa. Depois que liberaram a gente, corri (minhas pernas estavam moídas de esperar na fila, mas corri)! Cheguei lá fiquei perto da grade na pista comum, fui no banheiro pra não precisar sair durante o show, não queria perder NADA. Depois só saí dali quando vi a Ellen, eu TINHA que falar com ela!
Abracei ela. Ela viu eles, entrou no camarim, TIROU FOTO! Fiquei assim :O quando ela contou
Quando voltei tinha uma mulher meio que empurrando a minha "cunhada" e a menina que eu conheci, pedi licença e a mulher começou a arrumar barraco ¬¬ Meu pai ficou puto, começou a gritar com a mulher e eu pedindo pro meu pai não se estressar com isso... Nessa hora eu pensei “pronto, essa viada vai estragar um dos dias mais importantes da minha vida”. Depois meu irmão queria me passar pra frente dele e a vaca não deixava e ainda ficava empurrando a Isabela e disse que não tava empurrando, aí meu irmão me puxou pra frente. Nisso ela continuou empurrando a menina e resmungando, aí eu disse "tá bom minha senhora, nós já ouvimos" e ela disse que não tava falando nada ¬¬ Eu comecei a chorar de raiva e medo que o meu pai fizesse alguma coisa, o pessoal que tava na minha frente até perguntou e eu tava bem. Depois ela sumiu, graças a Deus...
Começou a ficar mais apertado, aí meu pai me chamou pra frente dele que tinha um espacinho, mas quando o show começou foi um empurra-empurra que teve gente que tava atrás de mim ficando na minha frente.Foi engraçado quando eu não conseguia ver nada e ficava afastando o cabelo da menina q tava na minha frente pra eu ver, mas depois fiquei numa posição legal e apreciei o show.
A abertura foi emocionante, Noise é realmente uma música feita pra começar, tanto o CD quanto o show. Em Dogs Unleashed eu queria dançar, mas não tinha espaço, o Bill arrazou naquela moto, em Hey You eu já tava com a boca seca, as labaredas saindo ao som da bateria foram perfeitas! Em Break Away eu tava realmente cantando a verdade D: (I feel so claustrophobic here... rs).
Certas horas me senti TÃO conectada com o Bill, em Alien e Zoom into Me parecia que ele tava falando de mim (ahan Claudia, senta lá), Pessoas que se sentiram deslocadas, como se fossem de outra espécie, Aliens. Zoom into Me é de cortar o coração, o Bill canta com a alma! Eu nunca gostei tanto quanto outras fãs da Phantomrider, mas no show me lembrou muito o Unendlichkeit... Me desculpem mas não consigo gostar da Humanoid acústica u_u
AMEI ver ao vivo as dancinhas do Bill nos fins da Ready, Set, Go! e Monsoon, sonhava com isso. Essas mataram um pouquinho da vontade de ter ido nas turnês anteriores deles, mas queria que eles tivessem tocado uma música do Schrei ou do Zimmer. Pulei tando da Screamin' em diante (adorei ele ter colocado um pedaço da Monsoon nela *-*)...
Eles pararam tantas vezes pra agradecer, adorei o “Obrigado” do Bill e o “Thank you” do Tom, os quatro pararam pra bater palma pro público! Que banda faz isso? E o Bill não é tão magro ao vivo e o cabelo do Georg balançando ao vento foi mágico, não me perguntem porque, mas parecia que eu tava sonhando. O Tom animando a gente, sempre gostei dessa cena nos DVD, ao vivo então... e o Gustav vindo pra frente e tirando o fone pra ouvir a galera.
Darkside of the Sun (nessa meu grito já saia esganiçado) e Forever Now eu cantei com TANTO gosto, essas são as minhas músicas preferidas no CD. As labaredas de Darkside foram mais emocionantes que eu pensei e vinha um calor enorme quando elas subiam, imaginei que o pessoal da pista premium torrou literalmente lá na frente. Em Forever Now a chuva de papel picado vermelho me surpreendeu e me emocinou, eu não esperava isso. Nessa hora eu sabia que era o fim, mas foi um final feliz.
No fim das contas, só faltou a minha mãe ter ido, ela adora o Bill... queria muito que ela tivesse ido :/
Resumindo: o show foi ÉPICO, valeu muito a pena a viagem, ficar em pé na filha durante horas, agüentar empurrões, dormir de mau jeito, tudo. Trouxe um monte de lembranças, fotos, um botton, adesivos e o papel picado vermelho. Talvez esse tenha sido o melhor show da minha vida, porque eu me esforcei tanto e tudo valeu a pena, por isso vou lembrar pra sempre.
Mas agora meninos, eu quero que na próxima tour vocês incluam o Brasil oficialmente e venham em todas as capitais xD

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